terça-feira, 29 de janeiro de 2013

O TÍTULO NACIONAL É MELHOR?

De “O Sol é Para Todos” para “To Kill a Mockingbird”, a diferença é grande. Porém, ambos os títulos referem-se ao filme do Robert Mulligan, realizado em 1962, que vi na tarde de ontem e que, ainda agora, de algum modo, me perturba. Meu primeiro impulso é de dizer que o filme me decepcionou visto que a trama sobre racismo é secundária diante do deslumbramento da garotinha Scout (Mary Badham) sobre o idealismo de seu pai advogado (Gregory Peck), ao qual ela chamava pelo primeiro nome, para que rimasse na dublagem a sinonímia entre a pronúncia do prenome Atticus e o adjetivo ético, que se adéqua muito bem às posturas públicas e privadas do Sr. Finch. O filme é bom, não discordo, mas não tanto quanto sua publicidade entusiástica tentou me vender enquanto cânone, desde que eu me entendo por espectador hollywoodiano. Aliás, a cena que mais me perturbou (e encantou, por extensão inversa) foi uma das que mais se relacionam ao título original, sobre (não) matar um tordo, explicação conferida pelo protagonista quando seus filhos questionam porque ele não proclama a habilidade de ser um ótimo atirador. A cena em pauta: o instante em que Atticus Finch é chamado para atirar em um cão hidrofóbico que ameaçava se aproximar de sua propriedade residencial. Sua empregada negra ficou assustadíssima, mas, afinal, o cão é morto com apenas um só tiro. Cães raivosos não são como pássaros! Pensando no filme ainda...

 Wesley PC>

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