quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

“NEVER MIND, I’LL FIND SOMEONE LIKE YOU”…

Volta e meia, alguns de meus amigos eruditos mais sisudos assinam publicações rasteiras elogiando o talento da cantora britânica Adele. Evidentemente, eu gosto muito de sua voz rouca e entristecida, mas não consegui ser tão arrebatado pelo significativo disco “21” (2011) quanto meus amigos. Ouvi um tantinho deste disco na noite de ontem e mais um pouco na manhã de hoje. Confesso: meu intuito era repetir a faixa final, a belíssima “Someone Like You”, que, não por coincidência, é tema de novela e está sendo muito executada nas rádios e conhecida pela população em geral. O que, nem de longe, tira a beleza suprema da canção, mas, estranhamente, eu não consigo me assumir como fã da artista. Sei lá, falta algo...

Em busca deste “algo” que falta, me dividi entre a audição crítica e a recepção intensamente sentimental de cada um dos refrões e timbres fortes das canções: me vi esquematicamente apaixonado pela faixa de abertura “Rolling in the Deep”, desgostei um tanto da faixa 02 [“Rumour Has It”], achei mais ou menos a faixa 03 (“Turning Tables”, já divulgada na segunda temporada do seriado “Glee”), apreciei a faixa 04 (“Don’t You Remember?”) e me senti fortemente tocado pela execução titular de “Set Fire to the Rain” enquanto esperava o ônibus... Mas ainda sinto que falta algo: creio que será de bom tom ir para casa ouvindo novamente este disco sumamente bem-feito...

E, aproveitando o embalo, uma comparação de sentido: na manhã de hoje, um estagiário loiro e interiorano (muito parecido fisicamente com outro rapaz em situação semelhante que aportou em meu local de trabalho) estava bebendo água com o zíper da calça aberto. Eu perguntei se o tal zíper estava quebrado, de modo que ele se envergonhou deveras, virou de costas e voltou-se sorrindo para mim. Eu também sorri, obviamente. Lembrei do refrão da tal canção da Adele no ato:

“Never mind, I'll find someone like you
I wish nothing but the best for you, too
Don't forget me, I beg, I remember you said
Sometimes it lasts in love
But sometimes it hurts instead”


Só a título de explicação não-comparativa, “like you” desta sentença não equivale a uma expressão substitutiva para mim não, visse? Quem me conhece e sabe o que estou emulando, entenderá. Quem não, tem certeza: ainda voltarei a falar sobre Adele, se brincar, este ano mesmo!

Wesley PC>

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