sábado, 16 de julho de 2011

DANÇAR DIANTE DO TÚMULO, SER MAIS FORTE QUE A DOR QUE INSISTE EM CALEJAR...

A cena acima me emocionou deveras: apesar de “O Estrangeiro Louco” (1997, de Tony Gatlif) não ser a obra-prima que eu imaginava, meu amigo Jadson Teles Silva esteve mais do que coberto de razão e emoção ao me indicá-lo como filme urgente, como obra de arte que ajuda a me definir enquanto indivíduo coletivo. Eu sou como aquele estrangeiro louco, eu sou alguém que precisa (re)aprender sempre a dançar até mesmo nos momentos de dor, de tristeza, de melancolia, sejam estes sentimentos reais ou apenas “imaginários”...

Apesar de o filme não ser perfeito, a cena acima me emocionou particularmente por permitir que o desfecho continuasse me emocionando – e não somente por causa das interpretações perfeitas e sensuais de Romain Duris e Rona Hartner ou por causa da magnífica e contagiante trilha sonora original, mas principalmente porque, às vésperas de comprar trinta anos de idade, o amigo-irmão que me apresentou a este filme reclama de dores de garganta, de dente, de coluna, de ouvido e no peito... Pelo amor de Deus, Jadson querido: não é hora de ficar borocoxô. Tira a saia cigana do armário da alma calejada e vamos dançar:

“Ay devlah so te kelaw
Ah Roma lala lalo madalo
Ah roma roma

Ah roma roma da
Ah roma lale lale laleee
Ah roma romaya”


“Nora Luca” na veia!

Wesley PC>

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