quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

E AÍ, ALINE, VAIS COMENTAR AGORA? ou OS ENFRENTAMENTOS DOMÉSTICOS DA VIDA COLETIVA

“Grande École” (2004, de Robert Salis) é um filme que fala sobre as agruras enfrentadas por um grupo de alunos que convivem juntos numa escola aburguesa. Dentre eles, há um homossexual enrustido que é desafiado pela namorada a dar em cima de seu melhor amigo. Porém, um imigrante de origem árabe se apaixona por ele e isto faz desencadear um trauma infantil, oriundo de quando seu pai impedia que ele brincasse com os pedreiros de uma firma. Pronto, está lançado o pretexto.

Vi o referido filme na tarde desta quinta-feira, quando estive de folga e visitei um amigo que estava recebendo outro amigo (só dele, não meu), que, por sua vez, estava interessado sexualmente nele, mas era rejeitado pelo mesmo em virtude de não atingir dois preceitos básicos de sua cadeia alimentar erótica (1- não fumar; 2- não ser gordo). Não sei que artifícios me tomaram num instante posterior à sessão do filme, mas forcei a retirada peniana de um deles e empurrei o órgão sexual na boca do outro. O esforço deu certo e, dentro em pouco, os dois estavam atracados sexualmente, enquanto eu estava na cozinha, bebendo guaraná com panetone. Na mente, a necessidade de comentar algo que me perturbou numa noite anterior: uma desagradável (para mim) reunião em Gomorra, onde o destino de dois novos moradores estava sendo decidido através de uma medida que um deles descreveu como “expulsão”. Fiquei tão amedrontado com a exaltação dos humores dos envolvidos na reunião que cheguei a esconder uma faca na geladeira, com medo de que algo de mais grave acontecesse. Tenho medo de brigas, por mais que eu já devesse estar acostumado a elas, de tanto que as mesmas me perseguem.

Minha querida amiga lúbrica Aline Aguiar alisava minha cabeça enquanto os moradores de Gomorra discutiam, e ela me perguntava se eu iria publicar algo sobre o assunto. Respondi a ela que sim, mas dentro de minha cautela diplomática recém-adquirida (a fórceps, diga-se de passagem), temo haver a necessidade de ser cauteloso. Não conhecia a razão enfurecida daqueles problemas amontoados, mas fiquei assustado. Apavorado, aliás. Tanto que são correndo no meio da reunião e corri para pegar um ônibus. Ao chegar em casa, visitei um vizinho que dormia e deitei-me aos seus pés. Precisava relaxar depois do ocorrido. Egolatria sensual resolve esse tipo de problemas? Queria que todos os meus amigos estivessem bem...

Quanto ao filme do Robert Salis, terminou me decepcionando com seu tom novelesco, com o excesso de tramas românticas ‘gays’ paralelas e com a forçação de barra sub-politizada, mas a beleza física e a nudez de Salim Kechiouche compensou!

Wesley PC>

Um comentário:

Aline disse...

POIS É UERLINHO NA VERDADE TE FIZ A PERGUNTA QUASE IMPLORANDO QUE FALASSE ALGO... O CLIMA TAVA PESAAAADOOOO... JÁ FUGI ALGUMAS VEZES TB TOSCO!
OBS.:adorei as pintinhas huahuauahua