Quando eu entrei em casa na noite de ontem, depois de ver naufragado o meu plano de ver tremer órgãos humanos de um rapaz que não mais estava desperto, deparo-me com minha mãe chorando na cozinha, chorando muito... Havia cuscuz derramado no chão e eu pensei que nossa instável cadela Zhang-Ke a havia mordido. Ela disse que não, mas não parava de chorar. Perguntei o que era, insisti, e ela chorava mais e mais e mais...
Se eu já estava me sentido mui decepcionado por dentro, fiquei ainda mais. Meu irmão dormia e eu me sentia um tanto sonolento, cansado. Quando acordei, vi um filme e, logo em seguida, senti fome. Antes de me banhar para o trabalho, assisti a um curta-metragem fubenga do soviético Aleksandr Sokurov. E, por mais que eu fizesse força para entender o que ele queria me dizer, só pensava na possibilidade de minha mãe permitir que meu sobrinho adolescente depressivo neo-alagoano passe uma semana aqui em casa, enquanto terapia para os afãs ciumentos que o acometem neste exato, segundo depoimento de minha irmã, de 46 anos, ao telefone. Eu tento, mas nem tudo depende (só) de mim...
Wesley PC>
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
POIS OS FATOS SE ACAVALAM...
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