sexta-feira, 17 de outubro de 2014

SE NÃO FOSSE AQUILO QUE JUSTIFICA O TÍTULO...

Por que os personagens de “China, China” (2007, de João Pedro Rodrigues & João Rui Guerra da Mata) tinham de ser chineses? Em minha apreciação, não há algo que justifique esta opção. Uma contingência, talvez?

 Na trama, um ‘rap’ chinês antecipa a primeira aparição da bela protagonista, casada e parida aos 19 anos de idade. Seu marido esbraveja com ela, dizendo-lhe que as últimas palavras de sua mãe, antes de morrer, foram que ela é uma vadia. O casal possui um supermercado de bairro. O filho pequeno dos dois gosta de pirulitos (“chupa-chupa”, no idioma local) e de assistir a filmes violentos ao lado do pai. A moça carrega um revólver com seis balas e sai de casa arrumada. O tiro desferido contra seu peito, ao final, foi uma surpresa?

Enquanto via este corriqueiro curta-metragem, sentia-me deveras sonolento. Minha mãe se preocupava com meu desemprego. Os cachorros latiam. Nalgum lugar do mundo, pessoas se masturbam ou fodem ou choram. Pássaros cantam. Por que a família tinha de ser chinesa? Por que isso precisava constar duplicadamente do título do filme? Por quê?

Wesley PC>

Nenhum comentário: