terça-feira, 2 de setembro de 2014

NO MEIO DO CAMINHO: SIM, ELE FALOU COMIGO!

Finalmente terminei a parte quatro do imenso romance que atende pelo nome de “Anna Karenina” (1873), de Liev Tolstoi. São quase oitocentas páginas e ainda estou na metade, e admito que estou considerando o livro ritmicamente irregular – tamanha a quantidade de personagens e dramas e dilemas – mas... Como não se encantar?

 Um amigo alegou, no último sábado, que a personagem que ele menos gosta é justamente a protagonista (ou melhor, a personagem-título). Oficialmente, ela aparece pouco, visto que as infidelidades de seu irmão Stiepan, as preocupações agricultoras do apaixonado Liévin, os dilemas burocráticos (e sentimentais) do marido traído Stiva e a doença da jovem princesa Kitty ocupam dezenas e mais dezenas de páginas, para ficar apenas em alguns exemplos de personagens: quanta gente importante aparece neste livro!

Nem todas as situações envelheceram bem e, durante a leitura, eu confesso que, às vezes,me enfado por alguns instantes,mas, depois que a leitura termina, que belezura, que romance tão magistralmente acabado,que rigor composicional. O tom geral é ultra-romântico, entretanto, não obstante a conjuntura régia e realista e está me servindo como consolo para uma angústia pessoal duradoura. Ganhei o livro em meu aniversário de 33 anos, inclusive: veio a calhar!

Wesley PC>

2 comentários:

Reinaldo disse...

Um romance que preciso reler. Não meblembro de nada. Confundo várias situações que aconteceram em Madame Bovary e Primo Basílio (acho que os li quase em sequência :D). Destes, recordo-me com maior transparência da obra de Flaubert (principalmente A CENA da carruagem).

Boas leituras, jovem :D

Gomorra disse...

Eu insisto em desacreditar que este romance tenha funcionado tanto contigo (risos): é romantismo demais! kkkkkk

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