quinta-feira, 21 de agosto de 2014

O AMOR, AINDA O AMOR, NOVAMENTE O AMOR...


“Pois assim também é com o amor. Em geral, todo esse desejo do que é bom e de ser feliz, eis o que é ‘o supremo e insidioso amor, para todo homem’. No entanto, enquanto uns, porque se voltam para ele por vários outros caminhos, ou pela riqueza ou pelo amor à ginástica ou à sabedoria, nem se diz que amam nem que são amantes, outros ao contrário, procedendo e empenhando-se numa só forma, detêm o nome do todo, de amor, de amar e de amantes".

Este é um excerto do que Diotima diz a Sócrates, em seu metadiscurso sobre o amor, na obra-prima literária de Platão, convertida num telefilme irregular porém interessante do Marco Ferreri. Na vida real, durante uma masturbação de menos de três minutos,disseram-me, acerca do sêmen que estava prestes a escorrer, mecanicamente: "lamba-o, pois é tudo o que tu terás de mim, daqui por diante!". Era uma ordem - encolerizada, inclusive. A mim,coube acatá-la e mergulhar na infâmia diante do próprio ordenador, que, enojado pelo que aconteceu, alegou que se sentia um lixo. E eu, o que sou?

Wesley PC>

2 comentários:

A. Everton Rocha disse...

Não sei se acredito no amor, essa é a verdade, a grande verdade. Uns dizem que sim que existe amor, outro não. Eu particularmente nesse estagio de desamor tenho dificuldade em admitir por vergonha. É vergonhoso dizer que não existe amor, é como dizer no fim de tarde que o horizonte é feio. Minto para mim mesmo? e porquê? Alguém me disse que era impossível escrever o que eu escrevo sem acreditar no amor. Uma parte acredita ou não não, acho. Outra coisa muito interessante é que me sinto muito confortável com essa situação. Sinto que mando agora, apenas sinto, posso estar sendo enganado de novo, quem sabe. Entendo Platão/Socrates quando fala da insidia do amor. Quero é estar confuso para depois ver de verdade.

Gomorra disse...

Pois eu acredito - e muito - no tal do AMOR (maiúsculo)

Que haja amor, que o amor aja!

Wesley PC>