quinta-feira, 10 de julho de 2014

A DESIDRATAÇÃO MORAL

Há poucos minutos, eu e uma colega de trabalho gargalhamos sem motivo, por muito, muito tempo. Tanto que começou a atrapalhar as pessoas ao meu redor. Quiçá o motivo das gargalhadas tenha sido o inaudito questionamento de uma garota, ao telefone: “colírio? Colírio de quê? De olho?”. Antes, eu havia visto a versão do Josef von Sternberg para o maior clássico dostoievskiano, “Crime e Castigo” (1935). Detestei. Não gostei da elogiada interpretação afetada do Peter Lorre, incomodei-me com o sobejo de condensações na história. Um determinado crítico australiano alegou que o roteiro era “fiel ao espírito de Fiodor Dostoiévsky, não à obra”. Talvez seja verdade, mas, ainda assim, desgostei sobremaneira do filme. Não sei se me irritei propriamente dito, mas que conste dos autos que, neste exato momento, eu sinto falta de alguém. Tenho que admitir: eu sinto falta!

 Wesley PC>

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