A primeira edição da revista “Playboy”, especializada em
conteúdo erótico para homens heterossexuais, foi lançada em dezembro de 1953. Na
capa, a promessa de ver Marilyn Monroe completamente nua, em cores. No centro
da revista, de fato, há uma imagem da atriz despida, mas sem mostrar a
genitália. Até hoje, eu nunca tinha visto esta revista, mas, graças a uma
reedição da mesma, adquirida por um professor de Planejamento Visual em
Jornalismo, pude tê-la em mãos, folheá-la e gargalhar internamente com a piada
da rapariga volúvel que pede ajuda a uma amiga para saber o modo ‘past tense’
da palavra “virgem” (risos)...
Conforme antecipado, pude folhear esta revista graças a uma atividade
objetalmente ilustrativa de um professor fisicamente muito bonito, que exibiu o
documentário “Objectified” (2009, de Gary Hustwit), em que diversos ‘designers’
estabeleciam relações entre objetos e suas formas. Durante a audiência ao
filme, pensava na própria configuração formal do professor, fisicamente muito
bonito, mas “inacessível” em diversos aspectos. Não que ele seja antipático em
aula – muitíssimo pelo contrário, é muito divertido e inteligente – mas a sua
beleza deve ser restringida ao espectro utilitário puramente visual, visto que
ele é casado e heterossexual, o que o distancia dos prováveis assédios sexuais
de seus alunos. Em dado momento da aula, inclusive, ele comentou, em tom de
chiste inocente, que era o professor mais bonito do Departamento de Comunicação
Social, quando uma garota listava quem seriam os docentes que mais a excitavam
eroticamente. Eu assistia a tudo isso calado, ciente de que esse tipo de
situação é delicada, complicada e até mesmo perigosa. Mas intuo que me
desenvolverei bastante nas aulas desta disciplina, que promete ser uma espécie
de contribuição à la “educação artística escolar” para as exigências hodiernas
do Jornalismo. Exatamente o que eu estou precisando!
Wesley PC>
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