segunda-feira, 24 de março de 2014

“MAIS CEDO OU MAIS TARDE, TU TAMBÉM VAI CAIR”...

Assim diz a cafetina interpretada por Wilza Carla ao traficante ambicioso e analfabeto interpretado por Roberto Bonfim em “O Rei da Boca” (1982, de Clery Cunha). A ameaça é certeira: ele vai cair! Porém, até agora, eu ainda não pude conferir tal desfecho, visto que a cópia do filme de que dispunha enganchou justamente no final... Mas pude ver cenas de impacto, como o instante em que uma prostituta (Zilda Mayo), após trepar com um cliente desagradável, limpa a boceta com álcool e esbraveja: "estou puta da vida!". O filme é muito interessante!

Ao narrar a epopéia de um bandido (quiçá real), o que mais prejudica o filme, por mais paradoxal que isto seja, é a sua persecução por qualidade épica: obrigados a serem tecnicamente mal-feitos como os filmes apressados da Boca do Lixo, o roteiro deste filme é ambicioso e a abordagem muito séria, o que redunda num leve enfado na metade final. Mas é um filme que, se fosse exibido hoje, mereceria todo o sucesso de bilheteria que recebesse. Não me canso de lamentar o quanto estes filmes são injustiçados!

Wesley PC>

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