domingo, 9 de fevereiro de 2014

SOBRE UM PROGRAMA RUIM (COM OU SEM ASPAS):


Anteontem, o sinal fechado da transmissão 24 horas do programa televisivo “Big Brother Brasil 14” foi liberado no sistema de TV por assinatura que possuo. Esta poderia ser uma informação completamente irrelevante, visto que é praticamente um consenso que o referido programa não presta. Entretanto, conforme quis questão de confessar um tanto constrangido em situações anteriores, o programa me fascina: não que ele seja bom (longe disso, quiçá), mas, como eu sou ‘voyeur’, é difícil não ficar interessado na contemplação das atividades cotidianas e dos corpos esculturais de seus participantes.

Os motivos que supostamente me atraem no programa, entretanto, são também os que mais me repelem. Explico: por mais belos que sejam os corpos, seus complementos falantes e/ou pensantes envergonham pela superficialidade. Na manhã de ontem, por exemplo, atrevi-me a acompanhar escandalizado um bonito rapaz exercitando-se por quase duas horas inteiras numa academia de ginástica. Uma coisa escandalosa – no pior sentido do termo! Sem contar que eles quase que não tomam banho.  E são desagradáveis em seus hábitos diuturnos de pequeno-burgueses viciados em confortos que me desagradam sobremaneira. Além disso, a recorrência dialogística sobre as regras e elementos instauradores de competição do jogo é insuportável, o que justifica o porquê de tanta gente falar mal deste subproduto televisivo. Porém, eu seria hipócrita se mentisse: eu tendo trabalho para me esquivar de ser um audiente. Preciso de ajuda?

Wesley PC>

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