O meu grupo lusitano favorito é o Toranja. Recentemente, interessei-me deveras pela carreira solo do vocalista, Tiago Bettencourt. Ouvindo o “Acústico” que ele lançou em 2012, apaixonei-me pela terceira faixa “Canção do Engate”, cuja letra emocionante é a que se segue:
“Tu estás livre e eu estou livre
E há uma noite para passar
Porque não vamos unidos
Porque não vamos ficar
Na aventura dos sentidos
Tu estás só e eu mais só estou
Que tu tens o meu olhar
Tens a minha mão aberta
À espera de se fechar
Nessa tua mão deserta
Vem que o amor não é o tempo
Nem é o tempo que o faz
Vem que o amor é o momento
Em que eu me dou, em que te dás
Tu que buscas companhia
E eu que busco quem quiser
Ser o fim desta energia
Ser um corpo de prazer
Ser o fim de mais um dia
Tu continuas à espera
Do melhor que já não vem
E a esperança foi encontrada
Antes de ti por alguém
E eu sou melhor que nada”...
Estou obcecado por esta canção, ouço-a repetidas vezes. Pesquisando sobre ele, descobri que é uma regravação da segunda faixa do disco “Dar & Receber” (1984), do músico António Variações, morto aos 39 anos por causa de decorrências da AIDS. Ela era homossexual, um pioneiro português na abordagem do assunto em suas canções. Estou ansioso para conhecer os seus discos, mas não os encontro disponíveis para ‘download’ na Internet. Se alguém achar antes de mim, grita. Vale muito a pena: os títulos de canções como “Quem Feio Ama...” (faixa 05) e “..Que Pena Seres Vigarista” (faixa 06) que o digam!
Wesley PC>
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