quarta-feira, 2 de outubro de 2013

"ESTE É O MEU PAI!"

É incrível como dificultam o nosso acesso aos diversos filmes brasileiros ansiosos por espectadores ávidos... Graças a um acidente de percurso, na noite de ontem, tive a oportunidade de ver o clássico "Nunca Fomos Tão Felizes" (1983), estréia na direção do fotógrafo Murilo Salles. O título da obra é absolutamente genial e coerente com a sua proposta enredística, adaptada de um conto de João Gilberto Noll, mas, infelizmente, o filme ficou tecnicamente apurado em excesso e narrativo de menos... Falto algo!

Seja como for, exigir tanto do jovem Roberto Bataglin é algo que merece aplausos. Afinal de contas, o ator não faz feio (muito pelo contrário: ele está bonito demais, pena que não aparece nu!) e será lembrado perpetuamente pela seqüência em que ele pede para quem uma prostituta depile os pêlos públicos, ao que ela retruca: "mas eu nem tenho tanto pentelho assim!". Na cena seguinte, um 'close-up' genital esplêndido!

Apesar de eu admitir que Cláudio Marzo, quando aparece, está ótimo, eu senti falta dele no filme. Talvez esse seja, inconscientemente, mais um mérito do mesmo, no sentido de que a trama é justamente sobre um filho que quase não vê o pai, demasiadamente ocupado com as atividades militantes contra a ditadura. Muito bom o pressuposto do filme! Extraordinária a fotografia do filme! Inesperadamente funcional a quase onipresença do Roberto Bataglin! Mas faltou algo... Faltou acreditar no amor que se sente por um pai como aquele!

Wesley PC>

Um comentário:

Dilmar Gomes disse...

Valeu a dica, Wesley.
Um abraço. Tenhas um bom dia.