sexta-feira, 20 de setembro de 2013

CALA A BOCA, WESLEY! (AO MENOS NO INTERIOR DA UNIVERSIDADE, DISCORRA APENAS SOBRE AQUILO QUE TU TENS CERTEZA!) - APRENDE-SE ERRANDO?

Faltando dois dias para o fechamento do primeiro mês desde que fui aprovado em minha tumultuada sessão de qualificação do Mestrado, somente hoje recebi o documento que confirma tal resultado, onde não é sequer mencionada a via-crúcis que recebi como castigo por minhas atitudes academicamente precipitadas. Seja como for, tenho que seguir adiante: a minha nova orientadora é afiliada à Economia Política da Comunicação, área em relação à qual eu tentei me encaixar quando adentrei o Mestrado. Não consegui. Hora de tentar de novo, hora de mostrar que, com determinação, é possível fazer qualquer coisa!

A fim de tentar me reacostumar a esta abordagem analítica, na manhã de hoje, antes de receber o referido documento, assisti à banca de qualificação de um colega de classe, que tencionava estudar a cadeia produtiva da música em Sergipe. Sua orientadora é justamente a professora que aceitou me acolher, não obstante o estigma que se instalou sobre o meu currículo. Como avaliadores interno e externo, dois autores sobre cujos textos eu precisarei me debruçar e compreender: César Bolaño e Ruy Sardinha, respectivamente. Hora de dar uma pausa em meu cabedal de textos sobre os atritos do cinema brasileiro na década de 1980 e tentar compreender esse contexto discursivo à luz da perspectiva teórica que recebe a sonora abreviação E. P. C.. Não é uma obrigação casual: de fato, o meu objeto de pesquisa se adéqua ao que os pesquisadores desta categoria epistemológica estudam.

Na referida banca de qualificação, o colega teve as incongruências de seu protótipo dissertativo destacadas. A justificativa: “é melhor apanhar entre nós mesmos que diante do inimigo!”. Era uma referência cautelosa à desconfiança sobejada que se costuma direcionar aos estudos da E.P.C.. Inicialmente, fiquei assustado com o que testemunhei, mas logo pude confirmar que intenção e propósito defensivo se coadunavam: o que estava em foco durante a avaliação do trabalho era a sua qualidade, o cuidado na difusão dos conceitos estudados, a devida compreensão do que era afirmado. Tenho que prestar atenção a tudo isso: tenho de me policiar textualmente daqui por diante, ao menos no que diz respeito ao que disponibilizo para julgamentos acadêmicos. É um compromisso público comigo mesmo: não me tornarei um ser amargo...


Wesley PC> 

Um comentário:

Dilmar Gomes disse...

Boa sorte, Wesley.
Um abraço daqui do sul do Brasil.