domingo, 11 de agosto de 2013

PARA ALÉM DOS PESADELOS, A MÚSICA, O CINEMA, A ARTE...

Antes de dormir, eu via um filme ruim. Era chato, mas tinha lá seus interesses, queria vê-lo até o final. Faltando pouco mais de vinte minutos para encerrar a sessão televisiva, falta energia elétrica. Tive que dormir. Deitei-me com o telefone celular ao meu lado, no afã que a energia voltasse a tempo. Não voltou...

Quando acordei na manhã de hoje – depois de ter me levantado para ir ao banheiro diversas vezes! – as lembranças dos pesadelos intercalados me assombravam: no primeiro, eu estava numa casa interiorana, acompanhado por meu amigo Rafael Coelho. De repente, dois homens com aparência de matadores rurais começam a brigar na cozinha em que estávamos. Um deles enfia o outro num forno e o liga. O fogão explode, mas deu para ver o homem carbonizado. Coelho começa a chorar compulsivamente depois de ter visto o corpo e vomita sobre mim. Mas não era vômito, e sim lágrimas!

Levantei apavorado, fui ao banheiro, mijei e deitei novamente. Novo sonho, continuado: estava agora numa casa simples, de apenas dois cômodos. Um amigo que não mais fala comigo (um ex-amigo, portanto?) estava no quarto, com uma rapariga bem mais jovem que ele. A fim de deixá-lo sossegado, visitei uma antiga vizinha, que hoje está com os dentes completamente deteriorados por causa do vício em ‘crack’. No sonho, porém, ela ainda era uma pré-adolescente. Conversamos um tempo e, quando volto para casa, estava tudo revirado. Talvez o meu (ex-)amigo tivesse brigado com a sua companheira sexual. Na porta do quintal, encontrei um produto branco, numa embalagem onde se lia “anti-cocaína”. Ouço alguém me chamando: era a filha da vizinha do fundo, me entregando alguns frangos congelados, para que eu os guardasse na geladeira e os cozesse para os cachorros depois. Quando abro a geladeira, duas surpresas: não apenas ela não estava funcionando como havia um aparelho quebrado de ar condicionado em seu interior. Como assim? Despertei!

Assustado com tudo o que experimentei nos sonhos (a impressão dominante era a de que eu precisava me ausentar de lugares e amigos queridos), ouvi um disco que havia adquirido na tarde anterior: “O Jardim”, do português Tiago Bettencourt. Faixa inicial: “Canção Simples”. Trecho que mais me emocionou:

“Tens os raios fortes a queimar
Todo o gelo frio que construí
Entras no meu sangue devagar
E eu a transbordar dentro de ti

Tens os raios brancos como um rio
Sou eu quem sai do escuro para te ver
Tens os raios puros no luar,
Sou eu quem grita fundo para te ter.

Fazes muito mais que o sol!


Repeti a canção mais de cinco vezes. Agora, estou tomando mingau. “Se tens medo da dor, vem ver o que é o amor/ se não sabes curar, vem ser o que é amar/ quero ver-te amanhecer, quero ver-te amanhecer...”, cantou o artista na faixa 09 do disco, “O Campo”. O que mais dizer, senão sentir?


Wesley PC> 

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