quinta-feira, 15 de agosto de 2013

A DOR DA GENTE SAI NO JORNAL?



Na manhã de hoje, um Oficial de Justiça esteve em minha casa, em busca do meu irmão, a fim de lhe entregar uma intimação judicial, ele teria de ir à Polícia responder por algo que ele fez. Não sei ainda do que se trata (suspeitamos de que seja uma dívida mal-resolvida num bar), mas ficamos alardeados com esta intimação. Na verdade, eu estava alardeado desde bem antes, visto que, antes de dormir, conversei com um amigo goiano acerca de meu ponto de vista sobre esta matéria jornalística criminal. O amigo em pauta é irmão da estudante noticiada como criminosa, não obstante não haver provas contra ela e a sua inocência não ter sido aventada, segundo a indignação do meu amigo. De minha parte, achei a notícia particularmente bem-escrita, dado o seu distanciamento opinativo a partir do uso do depoimento do delegado, de verbos em tempo condicional e na insistência de outrem pelos fatos relatados. Ao contrário do meu amigo goiano, com quem conversei via SMS boa parte da noite, não me opus ao modo como a jornalista Sarah Teófilo se comportou em seu texto. Achei a abordagem respeitosa, aliás, tamanha a gravidade do crime noticiado, em termos quantitativos. Já pude experimentar a sensação de estar vinculado a alguém envolvido num acontecimento noticioso criminal e sei o quanto isto é delicado, mas sigo torcendo para que a Mariana seja libertada em breve. Segundo o meu amigo, ela sai da prisão na terça-feira, depois de ter sido acolhida como filha pelas internas. A família dele quer processar o jornal. Eu não concordo com isso, mas... Cada um sabe a dor que sente! De minha parte, volta e meia ouço comentários de vizinhos que me viram recentemente num telejornal (exemplo recém-descoberto aqui). Quando criança, eu tinha certeza de que seria preso em minha maioridade etária. Tenho 32 anos agora. Que os anos prossigam...

Wesley PC>

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