Sem conseguir controlar o dedo,
enviei uma longa mensagem, antecipando que eu estava surtando: eu desejava, eu
precisava dizer algo! Era mais de 22h, nesse mesmo dia eu vira um filmaço do Brian
De Palma, o recente “Passion” (2012). Nele, duas mulheres que pareciam amigas e/ou
amantes terminam se odiando. Uma delas morre. O final é aberto, arreganhado,
escancarado, psicanalítico, regado a pílulas e ansiedade e desejo e vontade e
medo e temor e tremor... No rádio, um disco do Dead Can Dance. E a ansiedade
crescente: “queria muito te ver amanhã... ou depois... ou agora... ou todos os
dias”. Para piorar, a Internet de minha casa está defeituosa. O prazo para
conserto era segunda-feira às 15h55’. Às 15h20’ foi transferido para 14h22’ da
quarta-feira. Ou algo parecido. Nada é por acaso nesta vida. À minha frente,
uma estudante de Psicologia pede a bênção à sua mãe... E eu querendo dizer que
te amo, ansiosamente!
Wesley PC>
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