sexta-feira, 28 de junho de 2013

SIM, ERA UM JULGAMENTO PRECIPITADO!


Conforme eu deixei repetidamente claro aqui, o meu julgamento sobre o disco "Kitsch Pop Cult" (2012), do paraense Felipe Cordeiro, foi deveras precipitado. O ouvi bastante nestes últimos dias, de confinamento forçado em minha casa, e avancei bastante em relação à apreciação inicial, mais centrada no fenômeno do Tecnobrega enquanto algo que transcendia os modismos. De fato, isso é o que o músico faz aqui: transcende os modismos!

Além das ótimas canções elogiadas na publicação original, a faixa 02, "Lambada com Farinha", surpreendeu-me deveras pelo cuidado com as variações rítmicas, com a erudição dos acordes, com a mistura benfazeja de "pegadas" musicais, que se repete em mais de uma faixa, aliás. Instrumentalmente, o disco é muitíssimo mais primoroso que eu pude constatar na primeira vez que o ouvi! Até meu irmão e minha mãe apreciaram deveras as mixórdias de carimbó com 'indie rock' et alli. Que bom que eu não deletei o disco, como ameacei!

Detalhe: este disco serve como trilha sonora ideal para a transmutação emocional que me toma de assalto agora. Depois de um dia maravilhoso, ao lado de meus amigos, envolvendo comida, cinema, gargalhadas, abraços, fotografias no Centro da cidade de Aracaju e (quase) tudo de bom que se faz ao lado de quem se ama, promessas de novos reencontros salvaguardadores não faltam: tem filme novo do Pedro Almodóvar nos cinemas, tem "Luzes da Cidade" (1931, de Charlie Chaplin) engatado para ser visto em grupo... E o mundo é lindo!

Wesley PC>

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