quinta-feira, 9 de maio de 2013

UMA PESSOA PERGUNTA POR OUTRA PESSOA, QUE SE IDENTIFICA COMO A TAL. ATO CONTÍNUO, SEXO ORAL E FODA SILENCIOSA: O CAPITALISMO FINANCIA!

Teria muito a falar sobre “Os Mortos” (2004, de Lisandro Alonso), de tanto que este filme me influenciou emocionalmente na noite de ontem. Tive a honra de assistir a este filme por acaso, atendendo ao pedido de um anfitrião simpaticíssimo que ansiava por um filme “alinear”, a fim de continuar o estado de espírito que lhe tomara de assalto desde que vimos juntos o clássico “Eraserhead” (1977, de David Lynch) mais cedo.

 De fato, entre um e outro filme há pelo menos uma conexão pustular possível (se bem que, no segundo caso, o corpo assassinato não é doente, mas saudável): no filme lynchiano, um bebê deformado é assassinado por seu pai e elimina diversas substâncias purulentas; no filme alonsiano, um bode é degolado de forma súbita, por um ex-presidiário que caminhava por uma zona fluvial em busca de sua filha. No segundo filme, inclusive, causou-nos espanto a insistência do carnívoro humano em retirar todas as vísceras do animal morto, deixando-o apenas em estado de pele e pêlos. Mas tal espanto não foi exclusivo a esta seqüência: ele nos acompanhava desde o início da sessão...

 Numa das cenas que mais me impressionaram, o ex-presidiário compra alguns pães e doces, uma camisa barata (por ter pouco dinheiro, visto que a situação econômica está ruim para quase qualquer um, conforme adianta o dono da butique improvisada) e, em seguida, procura por uma mulher na redondeza. Ela se identifica: “sou eu mesma!”. Num corte seco, vemo-la chupando o pênis do protagonista, que, em seguida, a penetra, enquanto crianças brincam nas proximidades. Não vemos a despedida deles, muito menos um orgasmo. O filme é absolutamente genial! 

 Wesley PC>

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