sexta-feira, 26 de abril de 2013

EU TE AMO, JEAN ROLLIN!


Tendo visto "As Uvas da Morte" (1978, de Jean Rollin) na manhã de hoje, com a cabeça doendo por não ter dormido direito três noites consecutivas, em razão da carência de afagos de uma cachorrinha doente, eu fiquei encantado com a beleza que existe na tristeza projetada na tela. O horror convertido em arte e devolvido a mim, espectador, enquanto avatar de minha própria catarse. No enredo, pessoas morriam e matavam por conta de um envenenamento ocasionado por pesticidas em vinhedos, mas, quem conhece a cinematografia particular do genial e rebuscado Jean Rollin, bem sabe que o que lhe interessa é o erotismo que abunda nestes contextos necrofílicos. Saí da sessão encantado, consolado, excitado... Pressinto que reverei este filme muito em breve, ao lado de pessoas que não hesitarão em se excitarem diante do que verão também. Afinal de contas, aquilo que dói (ou assusta) não deixa de ser belo. Às vezes, dói (ou assusta) justamente porque é belo!

Wesley PC>

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