domingo, 17 de março de 2013

SOBRE A MINHA PRÓPRIA VOLUBILIDADE...

Dormi muito bem na madrugada deste sábado para domingo: estava gripado e com fome, mas os abraços inusitados que troquei com um rapazola afetado e pernóstico que, há alguns dias, não queria sequer que eu o tocasse, deixaram-me afetivamente excitado. Sei que o rapaz em pauta desagrada à maioria dos meus amigos – por causa de seu caráter dúbio, de seu pseudo-niilismo contumaz e de suas declarações infelizes mal-disfarçadas de ironia intelectual – mas, ainda assim, há algo nele que me atrai. Não sei se posso categorizar isto como uma paixonite precipitada, mas, se eu conseguir driblar as suas alegadas resistências epidérmicas, quem sabe?

 Pensando na delicada situação acima descrita, deparei-me com um videoclipe remasterizado da canção “Bom Senso”, faixa 03 do disco “Racional – Vol. 1” (1975), de Tim Maia, em que o cantor e compositor elogia o livro (ou melhor, conjunto de livros) “Universo em Desencanto”, cujos mais de mil exemplares foram redigidos por Manuel Jacintho Coelho a partir de 1935. Não sei onde posso encontrar este(s) livro(s), mas fico curioso em conhecê-lo(s), visto que ele teve tanta influência na sonoridade setentista deste gênio da música brasileira. Fiquei pensando em dedicar a referida canção ao rapazola que abracei, mas ele periga ignorar e/ou se irritar com o meu gesto de carinho. Fico cá, portanto, a ouvir o disco sozinho... E não acho ruim!

 Wesley PC>

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