Pois bem, foi graças justamente a este John Hillcoat, diretor de “A Proposta” (2005) e “Os Infratores” (2012), ambos filmes roteirizados por Nick Cave, que tive acesso ao videoclipe de “Jubilee Street” na MTV e me interesse rapidamente pelo novo disco do artista, “Push the Sky Away” (2013), recomendado de forma cautelosa e não muito empolgada pelo amigo ‘connaisseur’ mencionado na primeira linha desse texto. A ótima surpresa: achei o disco excelente!
Desde que o adquiri, no último final de semana, até hoje, não consigo parar de ouvir este disco repetidas vezes na íntegra. Faço-o agora pela enésima-segunda vez, quando a antológica “Water’s Edge” (faixa 03) está sendo executada em meu aparelho de som. É uma de minhas faixas favoritas do álbum, junto àquela que já mencionei (faixa 04, belíssima em seu elogio tipicamente lúgubre à prostituição) e a soberba “Mermaids” (faixa 05), cuja letra me leva a acompanhá-la empolgadamente:
“I believe in God
I believe in mermaids too
I believe in 72 virgins on a chain (why not, why not)
I believe in the rapture
For I've seen your face
On the floor of the ocean
At the bottom of the Ray”
Mas, além de toda esta beleza, o disco mais recente de Nick Cave and the Bad Seeds ainda nos lega clássicos natos como: a abertura ao som de “We No Who U R” (faixa 01), cuja letra eu dediquei a alguns de meus amigos mais queridos, assim que acordei na madrugada de ontem [“Tree don’t care what a little bird sings/ We go down with the due in the morning light/ The tree don’t know what the little bird brings/ We go down with the due in the morning/ And we breathe, in it/ There is no need to forgive/ Breathe, in it, there is no need to forgive”];“Finishing Jubilee Street” (faixa 07), que acrescenta mais quatro belíssimos minutos de versos aos mais de seis minutos inebriantes da elegia anterior; e o desfecho súbito ao som da faixa-título (09). Digo súbito, porque eu queria mais, muito mais: o disco é tão impactante – o melhor deste o antológico “No More Shall We Part” (2001) – que não consigo parar de ouvi-lo à exaustão. Tem tudo a ver com o meu estado platônico hodierno de amor pelo mundo que me rodeia (para não citar nomes, claro)!
Wesley PC>
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