sábado, 16 de fevereiro de 2013

SOU EU QUE ESTOU FICANDO RABUGENTO?


Oficialmente, "O Avião de Papel" (2012, de John Kahrs) é o favorito na categoria Melhor Curta-Metragem Animado no prêmio Oscar deste ano. Vi apenas dois de seus concorrentes até então [o superior "Head Over Heels" (2012, de Timothy Reckart) e o levemente inferior "Adam and Dog" (2012, de Minkyu Lee)], mas, ao contrário do que está acontecendo com a maioria absoluta dos espectadores deste filme, o romance mostrado na tela não me convenceu: por mais bonito que seja o contraste entre o preto-e-branco e a mancha de batom que fica no papel que entra em contato com os lábios da transeunte por quem o burocrata da foto se apaixona, incomodei-me sobremaneira com a sua displicência trabalhista, com a sua poluição desrespeitosa das vias públicas, com o desperdício absurdo de papel, com a incomunicabilidade artificial da trama e com a trilha sonora 'techno' de Christophe Beck. Sério, o filme me incomodou muito mais do que encantou! Comumente, eu me derreto por qualquer emulação de platonismo urbano, mas, aqui, a forçação de barra destrutiva devastou a minha identificação: não é um filme ruim,mas é perigosíssimo!

Wesley PC>

3 comentários:

AmericoAmerico disse...

tbm me incomodei um pouquinho na sessão, mas acabei traduzindo o desgosto em gosto pq sou bonzinho! kkkk

se preocupo com o desperdício de papel? depois o judeu sou eu! ( risos)

AmericoAmerico disse...

*preocupou

Gomorra disse...

Desperdício e poluição me incomodam sempre!

Este filme vende um projeto de amor sustentado numa falsa comunicação: isso me deixou irritado. Mas fico contente que não tenha sido só comigo (risos).

Wesley PC>