Na manhã de hoje, vi um filme italiano autodeslumbrado
chamado “O Aniversário” (2009, de Marco Filiberti), sobre um terapeuta em crise
que, em férias, se deslumbra pelo filho de um colega (interpretado pelo belo
modelo brasileiro Thyago Alves), que acaba de chegar de Nova Iorque e está
ansioso para se enturmar com a família. Assim pensam os seus pais
hiperprotetores, ao menos: a mãe zela por sua liberdade; o pai estranha que ele
trate as meninas deslumbradas por ele com desdém. Enquanto isso, o tio,
lancinado pelo suposto suicídio de sua esposa depressiva, se lamuria pelos
cantos. E, num contexto em que a ópera “Tristão e Isolda”, do Richard Wagner, é
rechaçada por ser “demasiado schopenhaueriana”, a tragédia se instaurará num
contexto pequeno-burguês de sexualidade reprimida e desinteressante. Quando se
masturba, o jovem David dança. E eu senti enfado, ao passo em que não consegui
um mínimo de excitação programada. O filme é ruim – e eu estava sem tempo para
pensar nisso, por enquanto. Faz sentido esta afirmação?
Wesley PC>
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