terça-feira, 18 de dezembro de 2012

UMA LACUNA (OU MASTURBAÇÃO SEM MÚSICA É MAIS GOSTOSO?)



Na manhã de hoje, vi um filme italiano autodeslumbrado chamado “O Aniversário” (2009, de Marco Filiberti), sobre um terapeuta em crise que, em férias, se deslumbra pelo filho de um colega (interpretado pelo belo modelo brasileiro Thyago Alves), que acaba de chegar de Nova Iorque e está ansioso para se enturmar com a família. Assim pensam os seus pais hiperprotetores, ao menos: a mãe zela por sua liberdade; o pai estranha que ele trate as meninas deslumbradas por ele com desdém. Enquanto isso, o tio, lancinado pelo suposto suicídio de sua esposa depressiva, se lamuria pelos cantos. E, num contexto em que a ópera “Tristão e Isolda”, do Richard Wagner, é rechaçada por ser “demasiado schopenhaueriana”, a tragédia se instaurará num contexto pequeno-burguês de sexualidade reprimida e desinteressante. Quando se masturba, o jovem David dança. E eu senti enfado, ao passo em que não consegui um mínimo de excitação programada. O filme é ruim – e eu estava sem tempo para pensar nisso, por enquanto. Faz sentido esta afirmação?

Wesley PC>

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