terça-feira, 20 de novembro de 2012

SE EU LIGASSE PARA TUA CASA E DISSESSE: “EI, NÃO TE MASTURBES NO BANHO HOJE, POIS QUERO CHUPAR TEU PAU MAIS TARDE!”, RESOLVERIA?

Quando fui apresentado ao disco “The Haunted Man” (2012), da cantora britânica Natasha Khan, cognominada Bat for Lashes no disco e nos palcos, disseram-me que sua sonoridade emulava PJ Harvey e Björk. Ou seja, fiquei logo interessado e fiz questão de baixar o disco na mesma hora. Ouvindo-o, achei suas canções aparentadas às entoações um tanto místicas de Florence + The Machine, banda de que também gosto bastante. Logo, apreciei sobremaneira o disco, que é o que mais ouço nesta última semana, permeada, até então, por uma gripe intensa que eleva minha sinusite ao píncaro do fedor purulento e pela vontade desesperada de estar novamente ao lado do pênis de um rapaz que me conforta há uma dezena de anos, mas que calhou de ser esmagado pelo trabalho com o passar do tempo. É como se fosse a trilha sonora branda de um desespero abstinente que não soçobra a minha felicidade hodierna: sim, ainda me sinto feliz!

 A faixa inicial, “Lillies”, dá o tom do disco, antecipando as inevitáveis comparações com “Ceremonials” (2011), de Florence + The Machine, comentado entusiasticamente aqui. Entretanto, a faixa que mais me cativou numa primeira audição foi a número 02, “All Your Gold”, melancólica e dançante ao mesmo tempo. O auge do disco surge em “Oh, Yeah” (faixa 04), sensual, gemebunda e melancólica ao mesmo tempo, a ponto de assustar minha mãe sempre que é executada (risos):

 “Here am I 
Looking for a love to climb inside
 Waiting like a flower to open wide 
I'm in bloom!”! 

A lamentosa faixa 05 (“Laura”) também é muito boa, de modo que, se fosse um filme, eu o classificaria como ‘noir’, de tao positivamente retrô que é. Numa avaliação geral, portanto, o disco [composto por onze faixas, sendo particularmente elogiáveis, além das faixas citadas, "Winter Fields" (06), a canção que intitula o disco (07), "Rest Your Head" (10)] é muito bom: não o associo às referências que me foram recomendadas, mas, dada a similaridade vocal e estilística com os arroubos de criatividade espetaculoso-melancólica, eu aprovo Bat for Lashes sim, senhor! Quando tiver mais tempo, ouvirei os discos anteriores da cantora [“Fur and Gold” (2006) e “Two Suns” (2009)]. Enquanto isso, anseio pala saciação de minhas carências felacionais, as quais continuo a compensar com boa música!

 Wesley PC>

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