segunda-feira, 5 de novembro de 2012

NOVAMENTE ACERCA DAQUILO QUE (NÃO) É ÓBVIO, OU, PELO MENOS, ASSIM PARECE!

Nas últimas semanas, um bloqueio inexplicável e inexplicado por parte de uma das operadoras de telefonia celular de que me utilizo impede que eu possa me comunicar com meus amigos através de SMS. Ou seja, a importante reiteração emocional de algumas atitudes e/ou declarações está sendo forçosamente compensada pelo diálogo direto, visto que a mesma operadora está permitindo que eu realize ligações gratuitas para números relacionados a ela, ou seja, aqueles começados pelos algarismos 91-, correspondentes à TIM. Mas não é a mesma coisa: para mim, que falo rápido e de maneira emocionalmente afobada, algumas coisas são mais bem escritas do que ditas. E/ou vice-versa...

 Enquanto pensava neste problema, e refletia comigo mesmo se devo insistir em incomodar pessoas que, aparentemente, não querem me atender, deparei-me com uma matéria jornalística publicada no final de outubro do corrente ano, emoldurada pela fotografia destacada nesta postagem, em que uma tentativa de assalto foi flagrada pelas lentes do profissional César de Oliveira. Não obstante a aparente clareza do relato imagético (o rapaz de preto ataca o homem de camisa listrada, que tenta protege o seu telefone celular guardando-o no cós de sua calça), que foi devidamente acrescido de um relato textual, a grande maioria dos leitores e comentadores da matéria, publicada na página virtual do Jornal da Cidade, comentou que, apesar do que os jornalistas relatavam, a imagem permite uma interpretação completamente inversa: talvez o homem de camisa listrada é quem estava armado, enquanto o outro, o rapaz “com cara de sono” (ou drogado, segundo o texto da reportagem), é quem estava sendo agredido. Não vi o que aconteceu, mas a coerência do texto me levou a crer que os redatores do texto estavam com a razão em sua exposição dos eventos. Nossa relação com a mídia é, portanto, também atravessada pela crença. E, com isso, quero dizer algo que não disse aqui, algo com uma carga semântica muito mais pessoal do que o estilo jornalismo permite. Quem me conhece, sabe...

 Wesley PC>

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