quarta-feira, 14 de novembro de 2012

EU TENHO PROBLEMAS, EU TENHO PROBLEMAS, EU TENHO PROBLEMAS, EU TENHO PROBELMAS, EU TENHO PROBLEMAS!

São quase 21h30’ (horário local). Desde as 15h da tarde de hoje, invento pretextos para ficar diante de um computador, aguardando que alguns filmes raros bergmanianos estejam disponíveis para acomodação num DVD. Já tenho muito o que ver (filmes atrasados aos borbotões), mas encasquetei de só voltar para casa com as produções primevas deste genial cineasta sueco em minha bolsa: nunca assisti à película de estréia do diretor, “Crise” (1945). A oportunidade ideal tem que ser esta!

 Sendo bastante sincero e sensato, os primeiros filmes do diretor (entre as décadas de 1940 e 1950) não me agradam tanto quanto as obras-primas psicológicas que ele começou a realizar a partir de 1955. O enfoque, nestas obras, é bem mais realista do que estamos habituados a perceber em seu ‘corpus’, mas o elemento contido neste título tão significativo é quase onipresente nos enredos: os personagens bergmanianos encontram-se numa crise perpétua – diante do mundo, abaixo de Deus, em relação a si mesmos, etc.. Por essas e outras, não é difícil compreender o porquê de eu me esforçar tanto para adquirir estes filmes ainda hoje: quero adiantar nem que seja alguns deles neste feriado prolongado que se estende e me atemoriza. Afinal de contas, meu irmão caçula já começou na se embebedar e minha mãe já externa os primeiros sinais de sua neurose freqüente...

 A demora prolongada (quase sete horas de espera) me motiva a desistir, mas, conforme disse a um grande amigo no início da tarde de hoje: “desistir é perigoso. Vicia. Talvez o mais lícito seja perder, ainda que isto também seja vicioso...”. O que não vicia hoje em dia? Até mesmo (querer) ver um filme é considerado uma patologia! E eu espero, espero... E tenho problemas, que nem alguns dos desesperados personagens de Ingmar Bergman!

 E já passam das 21h30'... 

 Wesley PC>

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