sexta-feira, 2 de novembro de 2012

É DEMASIADO IRRACIONAL QUE, HOJE EM PARTICULAR, EU AME TANTO ESTE MUNDO QUE ME CERCA?

Uma das pessoas que mais admiro e amo neste mundo acordou irritado consigo mesmo na manhã de hoje e resolver descontar no mundo, desejando que ele se acabasse. Entendi que era um efeito colateral do cansaço – atrelado ao uso de substâncias farmacêuticas que desaprecio – mas, mesmo assim, precisei interceder, suplicar que ele não ficasse tão agressivo, que abrisse o coração para um mundo que, sim, assusta e fere, mas, afinal, é lindo, possui algo a ser amado, muito a ser amado, aliás!

 Em homenagem a esta pessoa – aquele que calhou de ser baseado Jadson, um amigo de longa data, um ser vivo ao qual devo muito do que sou hoje – assisti a um dos filmes que ele me emprestou: “O Rito” (1969, de Ingmar Bergman), sobre um trio de atores que é interrogado por um juiz encarregado de aprisioná-los por encenação ofensiva. Dividido em cenas rigorosamente situadas em seus cenários (uma sala de interrogatório, um camarim, um bar, etc.), o filme expõe as angústias de seus personagens para, afinal, desembocar numa encenação magistral da peça lasciva que engendrou a acusação... Por mais expectativas positivas que eu tivesse depositado sobre o filme, ele conseguiu me superar ainda mais: genial!

 Ao final do filme, saí da sessão ainda mais apaixonado pelo mundo do que antes: amo este mundo, amo este mundo, amo este mundo! E, para que este amor seja ainda mais justificado, a correlação entre a cena metonimizada na imagem e um sentimento ruim que, afinal, foi dissipado no início da noite de ontem é premente: Ingmar Bergman povoa-me de amor!

 Wesley PC>

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