terça-feira, 30 de outubro de 2012

... E O PROBLEMA SEGUE SENDO COMIGO!

Depois da imperativa necessidade de resgate que experimentei em relação à obra genial (e, até então, subestimada por mim) de Hal Hartley, surgida após a audiência ao interessantíssimo “As Confissões de Henry Fool” (1997 – vide descrição da experiência aqui), dedico-me intensivamente à filmografia peculiar deste cineasta nova-iorquino tão pitoresco. E, se “Confiança” (1990) fez uma de minhas melhores amigas chorar e se “Simples Desejo” (1992) me encantou pela intromissão benfazeja da problemática contida em seu título nacional, o curta-metragem “The New Math(s)” (2000), visto na manhã de hoje, fez-me entender por que eu cria que desgostava deste diretor...

 Associado ao estilo godardiano de criação de personagens, Hal Hartley se deixa levar pelas pressões “alternativistas” e às vezes força a barra. Se esta forçação funciona muito bem na metafísica discussão acerca do fim do mundo em “O Livro da Vida” (2000), ela fracassa sobremaneira em “The Girl From Monday” (2005), filme que fez ressurgir a desconfiança em sua obra, no início deste ano. Mas ele é muito melhor do que eu esperava: por mais que eu tenha desgostado muito de “The New Math(s)” – na verdade, não entendi nada da proposta pretensiosa e dançante do filme – pressinto que Hal Hartley ainda me surpreenderá bastante nos filmes dele que ainda não vi. Faltam poucos. E, sim, estou escrevendo para disfarçar a melancolia...

 Wesley PC>

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