segunda-feira, 17 de setembro de 2012

A LUZ ATRAI...! A LUZ TRAI?

São pouco menos de 18h. Apesar da dor subjacente, atrever-me-ei a subir num ônibus em alguns minutos. É preciso, devo enfrentar um agouro imaginário que me toma de assalto há mais de uma semana. Talvez as consequências sejam ainda mais doloridas que a inanição viciosa, mas, pelo menos, haverá o diferencial da escolha: eu conduzirei os meus sentimentos e seus efeitos!

 Na noite de ontem, antes de dormir, assisti a um típico arrasa-quarteirão hollywoodiano de ficção científica: “Skyline – A Invasão” (2010, de Colin Strause & Greg Strause). Não esperava que o filme fosse bom (aliás, ele é mal-falado até mesmo por seu público-alvo), mas a estranha presença do sensual Eric Balfour me levava a querer conferi-lo mesmo assim. Para minha surpresa, não apenas achei os efeitos especiais impressionantes como algo nos subterfúgios moralistas do roteiro me chamou a atenção. Pena que o final seja ao ridículo e fracamente oportunista no que tange a possíveis continuações. Era óbvio que eu teria um pesadelo depois disso!

 No sonho, eu e um amigo aguardávamos a nossa vez num sorteio de almoços dentro de uma igreja católica. Eu tinha a senha número 52 em mãos, ele a número 33. Fui chamado antes dele, mas não pude comer a quentinha que me ofereceram, pois havia carne no cozimento do feijão. De repente, eu estava numa casa prestes a ser destruída numa enchente. Na TV, noticiavam a morte do cartunista Ziraldo, enquanto sua amiga Hebe Camargo chorava copiosamente, ao ser informada do fato. Do outro lado de uma ligação telefônica, meu amigo chorava por ter engravidado uma desconhecida. Por dentro, eu pensava “bem-feito!”, mas, por fora, eu disse: “estarei a teu lado, pro que der e vier!”. Acordei. Quem gostaria de evitar uma luz tão sedutora, que até parece um portal para o Paraíso? 

 Wesley PC>

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