quinta-feira, 9 de agosto de 2012

NO OUTRO DIA, O “AINDA”...

Dormi pensando em “Somos o que Somos” (2010, de Jorge Michel Grau) e acordei tomado pelo baque: não apenas o filme me atordoou como o pesadelo que tive na noite anterior [sonhei que era um lobisomem incontrolável e feria uma de minhas professoras do Mestrado] ecoava atemorizadamente em meu subconsciente. Dito e feito: tive um novo pesadelo!

 No sonho de hoje, eu era quase uma testemunha passiva de acontecimentos que estavam além de meu controle intervencionista. A ex-mulher e a mãe de um amigo odiavam-se perenemente (o que reproduz, de fato, uma situação real) e, quando o melhor amigo da primeira morre atropelado em frente à casa da segunda, precisei interferir numa possibilidade de reentrosamento entre ambas. Não consegui: elas odiaram-se até mesmo diante de uma tragédia! Acordei me sentindo pesado, com dor de cabeça, preocupado com minha amiga...

 Mas a vida me intimava com a rotina que tanto aprecio: tinha que comparecer à Universidade, para assistir a uma defesa de Mestrado, que serviria como aula repositiva e observação acerca do que acontecerá comigo daqui a um ano e meio. O trabalho em pauta era sobre as utilizações institucionais do Twitter e os escamoteamentos da liberdade expressiva nestes casos. A exposição não me agradou de todo, mas foi interessante ter passado por isso.

 E o filme ainda repercutia: a beleza contundente de seu título, a audácia de fazer com que um abraço choroso entre mãe e filho que pensam que se odeiam seja muito mais violento que o assassinato cruel da prostituta mostrada na foto, o talento de todos os intérpretes, aquela trilha sonora disputada de violinos rasgados, tudo no filme me desgastou emocionalmente, no melhor sentido do termo, por mais evidentemente defeituoso que o roteiro seja, conforme aludi anteriormente. Vai demorar pr’eu voltar ao normal (se houver), ah, vai!

 Wesley PC>

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