sexta-feira, 6 de julho de 2012

UMA CANÇÃO AO CONTRÁRIO, SEM FOTO!


"Vou fechar o meu pranto, vou querer me matar
 Sonho feito de brisa, vento vem terminar
 Meu caminho é de pedra, como posso sonhar?
 Solto a voz nas estradas, já não quero parar
 Já não sonho, hoje faço com meu braço o meu viver
 E se não der, não vou sofrer
 Vou querer amar de novo
 Eu não quero mais a morte, tenho muito que viver
 Vou seguindo pela vida me esquecendo de você
 Vou fechar o meu pranto, vou querer me matar
 Sonho feito de brisa, vento vem terminar
 Meu caminho é de pedra, como posso sonhar?
 Solto a voz nas estradas, já não quero parar
 Estou só e não resisto, muito tenho pra falar
 Minha casa não é minha e nem é meu este lugar
 Hoje eu tenho que chorar
 Forte eu sou, mas não tem jeito
 Quando você foi embora, fez-se noite em meu viver"... 
["Travessia", obra-prima do Milton Nascimento,
 de trás para a frente.]

Quem me conhece, talvez saiba ou suspeite o porquê desta opção poética: sinto uma dor de amor em meu peito. E, se brincar, é uma dor boa. Pois só sente dor quem está vivo: e quem vive não quis mais se matar!

Wesley PC>

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