domingo, 22 de julho de 2012

UM LEGÍTIMO DISCO FISGA-PIMBAS!

Nos últimos dias, fui apresentado a um aplicativo de Facebook muito divertido: o SongPop. Basicamente, é um jogo que consiste de cinco trechos curtos de canções, previamente relacionadas a um dado gênero musical. É tão divertido que tende a viciar, de modo que, a fim de que eu não me sentisse culpado por estar jogando bastante este tal de SongPop, passei a prestar muita atenção às canções que ouvia e tentava adivinhar. Era como se, mais do que testar os meus conhecimentos culturais, eu estivesse aproveitando a oportunidade para descobrir novas tendências (desagradáveis) da música contemporânea e, também, conhecer bandas que possam me agradar. Foi o que aconteceu com a banda britânica que ouço agora: Mumford & Sons.

 Numa das partidas do SongPop, fui intimado a adivinhar quem cantava a faixa “The Cave”, contida no álbum “Sigh No More” (2009). Nunca havia ouvido nada desta banda, mas os menos de 5 segundos que ouvi da referida canção foram suficientes para indicar que eu a apreciaria deveras. A sonoridade da banda é similar à dos irlandeses Damien Rice e The Swell Season, de que gosto bastante. Não tardaria para que eu baixasse o disco em questão. Dito e feito: no exato momento em que escrevo estas linhas, ouço a agradável faixa 09 do álbum, “Thistle & Weeds”.

 Ainda não ouvi o disco na íntegra, mas, até então, sinto-me apressadamente apto para classificá-lo como ótimo. Porém, devo deixar claro que o motivo para que eu não tenha ouvido o disco na íntegra até então é porque enganchei na quinta faixa, a maravilhosa “White Blank Page”, cuja letra tem muitíssimo a ver com o tipo de paixonite obsessiva que me ataca vez por outra. Sua letra transmite muito bem aquilo que eu defino taxonomicamente como “assimetria do desejo”. Uma demonstração é requerida? OK, segue a minha estrofe favorita da canção:

“A white blank page and a swelling rage, rage 
You did not think when you sent me to the brink, to the brink 
You desired my attention but denied my affections, my affections 
So tell me now where was my fault, in loving you with my whole heart? 
Oh tell me now where was my fault, in loving you with my whole heart?”

 Estou apaixonado! Por esta canção, inclusive. Tanto que a repeti tantas e tantas vezes que superei a duração integral do álbum ouvindo uma mesma canção. Obra-prima: diz aquilo que eu quero e preciso dizer, mas talvez não me atreva a ter coragem agora. Afinal de contas, amar dói, mas ser amado (por um aprendiz de psicopata como eu) pode doer também!

Wesley PC>

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