quarta-feira, 18 de julho de 2012

UM FULGOR!

Na noite de ontem, deitei-me pensando em dormir bem. Cria que, na noite posterior, ficaria acordado até o raiar do dia, por conta das comemorações vindouras de meu melhor amigo Jadson Teles. Estava tão intimidado por esta necessidade hipnofisiológica que sonhei que não estava conseguindo dormir. Repito: apesar de estar dormindo muito bem, sonhava que não estava conseguindo dormir, um pesadelo impressionante, que me fez despertar com dor de cabeça, como se, de fato, não tive conseguido dormir bem. Conclusão: entre aquilo que se é e o que se parece, há muito mais do que eu consiga lidar...

Enquanto me preparava para enfrentar as dores e alegrias do meu dia-a-dia, assisti a um maravilhoso filme holandês chamado “Fanfarra” (1958). Trata-se de uma inusitada experiência ficcional do genial documentarista Bert Haanstra (1916-1997), que só vim a conhecer bem recentemente. Dele, já havia visto os maravilhosos curtas-metragens “Espelho da Holanda” (1950), “Vidro” (1958) e “Zôo” (1962), mas a experiência com “Fanfarra” é bastante diferente: apesar de ser um filme de ficção, o que menos importa no filme é a sua trama. Talvez esta seja válida em seu impulso para a lição de moral (“ao invés de disputarem uns contra os outros, ensaiem juntos!”), mas a historieta sobre duas bandas de música que concorrem numa pequena cidade do interior chama a nossa atenção menos pelas reviravoltas em si que pelas comparações com os instintos animais, com a beleza das pequenas situações, como vacas que parecem flutuar em meio aos juncos, patas que ensinam seus filhotes a nadar e seres vivos de todas as espécies, que fulguram enquanto os homens se atacam sem necessidade. É um filmes simples, mas absolutamente encantador. Sinto-me mais feliz depois de tê-lo visto. E, oh, como eu o recomendo!

Wesley PC>

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