terça-feira, 10 de julho de 2012

“O QUE É QUE TU ENTENDES DE VIDA A DOIS, WESLEY?”, ASSIM DESAFIOU-ME O PROFESSOR ROMERO VENÂNCIO...


“Wesley Pereira de Castro foi o mais apaixonado entre os calouros dos cursos de Comunicação Social que já passearam deslumbrados pelos corredores da Universidade Federal de Sergipe. Controverso, ele levaria o fetiche pelas histórias impressas em celuloide às raias da perversão. De quebra, entre uma catarse e outra, distribuindo suas impressões em folhas de papel A4, panfletos de uma devoção sobre-humana, o crítico ajudou a elevar a discussão suscitada pela projeção de luz sobre a tela a um nível ainda hoje desconhecido pelos nossos periódicos. 

The loser’s club – Como todos os párias, Wesley não precisa fazer concessões. Apesar de certo pendor para o escândalo, não há quem o tenha surpreendido em contradição. No blog Críticas de um cinema nu, digressões caudalosas e bem fundamentadas manifestam a convicção dos religiosos no exercício de um olhar puro, em que o autor (seja ele o roteirista, o diretor, ou até mesmo o ator que empresta suas feições para a encarnação do bem, do mal ou do humano) pode se despir de segundas intenções e se dedicar sem reservas ao propósito primeiro de seu trabalho. 

Mais ou menos como o próprio crítico afirma, num artigo redigido em homenagem á memória de Carlos Reichenbach. 'Ele corresponde a um modelo exemplar do tipo de promulgação dialética que defende que ‘a crítica se nutre da Arte e a Arte da vida'. 

Quer refletir sobre cinema? Não espere outra oportunidade." 



Esse texto não foi escrito por mim... Escreveram sobre mim e, ao fazerem isso, escreveram sobre muito mais pessoas: desvendaram um contexto. Para além de uma ou outra desavença com Rian Santos, o autor do texto – célebre entre minhas anedotas por causa de uma anedota particular: “tu és satanista?”; “não, sou Rian Cristian!” (risos) – eu me dou por contemplado diante desta síntese de minhas atitudes de pária cultural: apaixonado (em tom superlativo) e religioso (em qualquer tom) são adjetivos que me definem muito bem!

Acerca do desafio contido no título desta postagem, e refletido no título da minha apresentação agendada para a noite de hoje, muita tensão e expectativa: não sei como estarei ao final da sessão de “Faces” (1968, de John Cassavetes). Periga que eu tenha um piripaque emocional no palanque, que me disponha a falar sem parar, a transformar em gagueira ou ditos ininteligíveis aquilo que sinto e que tanto me afeta: “desejo de falar tudo sobre si para escapar do vazio existencial, para preencher um rombo fundamental, inassimilável pelo outro”, acrescentaria o crítico Thierry Jousse. O resto é o amanhã... e/ou talvez o sempre!

Wesley PC> 

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