quinta-feira, 26 de julho de 2012

O DESEJO ENQUANTO DOENÇA; A BELEZA ENQUANTO POSSÍVEL REDENÇÃO...

Quando eu vi “A Fuga da Mulher Gorila” (2009, de Felipe Bragança & Marina Meliande, ex-críticos da outrora excelente revista virtual Contracampo – vide comentário discretamente elogioso aqui), um simpaticíssimo filme injustamente desconhecido até mesmo em circuitos alternativos de cinema, fiquei impressionado com o peso de sua sutileza: é um filme leve, curto, simples, quase sem trama, mas, ao mesmo tempo, lento, cansativo, desengonçado, defeituoso, realizado com mãos pesadas e obviamente armengado. Todas estas características, entretanto – tanto as positivas quanto as negativas – levaram-me a ficar rapidamente apaixonado por ele, tanto que resolvi favoritá-lo no Filmow (o único que fez isso, até então), não obstante sua nota geral ser pouco acima de um discreto 7,0.

 Por um acaso desejoso opressivo [sobre o qual não posso dar mais detalhes por enquanto, mas ouso resumi-lo em uma frase de impacto: gastei mais de cinco horas de meu dia esperando que um filme que eu não conheço baixasse!], adquiri uma cópia de "A Fuga da Mulher Gorila" nesta manhã de quinta-feira. Não sei quando terei tempo de revê-lo, mas aquelas canções singelas e mescladas com palavrões dizem muito sobre como me sinto neste exato instante: atravessado pela cobiça, vergado pela beleza, (des)esperançoso na elaboração de planos sorrateiros que visam à reiteração de uma descoberta. Em outras palavras: eu quero ver novamente (e sempre desejarei) aquilo que eu sei que é belo! E, enquanto espero, isto m aflige, me atordoa, me consome. Eu sou um pulha! 

 Wesley PC>

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