quinta-feira, 5 de julho de 2012

NÃO VOU COADUNAR COM A ACUSAÇÃO RECORRENTE DE QUE A CRÍTICA ARACAJUANA É PROVINCIANA: ISSO SERIA DAR UMA PUBLICIDADE EQUIVOCADA AO QUE AINDA ESTÁ SENDO CONSTRUÍDO...

Não pretendo emitir aqui afirmações (no sentido lato do termo), mas, antes de tudo, indagações: são quase duas horas da madrugada, e eu deveria estar dormindo, visto que madruguei entre amigos ontem. Ao lado deles, vi o sol nascer através das grades de uma janela, enquanto discutíamos as falhas e carências de um suposto embrião de sub-‘intelligentsia’ aracajuana. Em dado momento, comentei que o dono da bunda mostrada na foto era um rapaz bonito, por mais que eu desconfiasse de algumas de suas atitudes profissionais, visto que o mesmo costuma ser difamado por ex-colegas nas rodas sociais, em razão de seu pernosticismo. Conversei pouco com ele, mas acho-o bonito, ainda assim. Por mais problemático que esta insistência possa parecer no plano do entreguismo moral, eu insisto que o acho bonito! 

Achá-lo bonito, entretanto, não implica em concordar que ele é um bom realizador fílmico. Conforme tentei explicar ao mesmo ainda há pouco, infelizmente, percebo nele uma ausência de arcabouço, uma vaidade superior à sua capacidade de justapor imagens, sons e idéias. Não sei se ele compreenderá o que tentei dizer, mas, por precaução, ainda não redigi a crítica mais depurada sobre o seu trabalho mais recente, tão difamado por alguns (nos quais eu confio plenamente) e tão elogiado por outros (que talvez confundam o relacionamento pessoal com o artista com as qualidades intrínsecas da obra). O conteúdo entre parênteses desta segunda categoria de apreciadores do curta-metragem emulado aqui põe novamente em pauta o título desta postagem: se existe algum indício de provincianismo aqui em Aracaju, este se manifesta na má recepção que as pessoas que alegam “dar a cara para bater” demonstram em relação àqueles que, como eu, “se metem a falar de tudo”. O que deveria ser uma crítica é reinterpretado como um ataque pessoal, o que torna muito delicado a atividade analítica. Por isso, estou pisando em ovos antes de tocar no assunto com mais profundidade: aguardo alguma resposta do dono da bunda. Boa ou ruim, esta resposta dará o tom de meu enfrentamento sobre o que parece ser um problema recorrente, mas, por enquanto, sigo preocupado em defender o meu delicado ponto de vista: fisicamente, eu acho-o bonito!

 Wesley PC>

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