segunda-feira, 16 de julho de 2012

METONÍMIA DE MINHA GEOGRAFIA EMOCIONAL...

Moro há quase trinta anos na mesma casa. Na tarde de ontem, minha mãe comentou pela segunda vez que muitas das casas da nossa rua estão à venda. “Dos habitantes originais da rua, só vamos ficar nós!”, acrescentou ela. E, na madrugada seguinte, eu sonhei que paquerava um rapaz na frente de uma boate ‘gay’ e, de repente, em vi perseguido por espiões internacionais. A fim de me atingirem emocionalmente, eles eliminam do mapa várias paisagens naturais e artificiais de São Cristóvão, a quarta cidade mais antiga do País, em cuja área suburbana eu vivo. Acordei assustado!

Na verdade, apesar de a destruição da cidade ser um elemento secundário no sonho – à frente, estavam a minha inadaptação numa boate em que todos se beijavam, o relacionamento com meu amigo Rafael Maurício, e a imitação canhestra, de minha parte, do personagem MacGyver (Richard Dean Anderson), protagonista do seriado de TV “Profissão: Perigo” (1985-1992), assistido diuturnamente por minha mãe – fiquei angustiado por ser o segundo dia seguido em que sonho com uma espécie de hecatombe urbana: no dia anterior, sonhara que eu e um amigo motorista percorríamos, num carro negro, uma cidade despovoada, em que todos haviam morrido por decorrência de um vírus, ou algo assim. Encontramos, no local, uma cientista sobrevivente, fã dos piores filmes do Sylvester Stallone, por quem meu amigo/motorista se apaixona e quase me abandona do lado de fora de um carro em movimento. Por ora, não é sequer um plano terciário mudar-me de casa!

Wesley PC>

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