segunda-feira, 18 de junho de 2012

TALVEZ UM SUMIÇO (LEIA-SE: JUSTIFICATIVA)...

Nesta tarde de domingo, baixei o mais recente disco da cantora Fiona Apple, “The Idler Wheel Is Wiser than the Driver of the Screw and Whipping Cords Will Serve You More than Ropes Will Ever Do” (2002), lançado oficialmente no último dia 15 de junho. Planejava ouvi-lo com cuidado e resenhá-lo aqui, elogiado desde já o brilhantismo poético e melancólico de seu extenso título, mas, ao me deparar com a faixa de abertura, “Every Single Night”, já lançada como ‘single’, não pude parar de repeti-la. Reproduzi a mesma canção N vezes antes de finalmente ouvir o disco na íntegra, de maneira que não me sinto apto a julgar o disco por inteiro (apesar de também ter gostado bastante da faixa 07, “Periphery”).

Enquanto ouvia pela enésima-primeira vez a referida canção, recebi um telefonema de um vizinho, convidando-me a analisar a seu lado algumas canções de Luiz Gonzaga. “Vixe, como eu to feliz/ Olha só como eu to prosa!”, foi o que pensei durante o belo exercício hermenêutico-emocional a que ambos fomos expostos. Antes, me deparei com uma pessoa de que gosto muito abraçado a uma pessoa muito bonita, cuja perna tocava em sua genitália ouriçada. Pedi para fotografá-los, a fim de conservar registrada em imagem aquela beleza mútua, mas eles se recusaram. Na madrugada, vi um filme sobre uma mulher apaixonada por sua melhor amiga, mas, ciente de que o heterossexualismo dela é inelutável, consola-se em ajudar a escolher os partidos menos nocivos. Não é preciso dizer que me vi, senti e ouvi no filme. E o refrão gritante da maravilhosa canção appleniana seguia reverberando em minha mente: “Every single night's a fight with my brain”. Em breve, espero comentar o disco com maior acuidade em meu Fotolog. Por ora, eu espero sonhar...

Wesley PC>

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