sexta-feira, 4 de maio de 2012

UM POUCO DE REALIDADE NÃO FAZ MAL (NO SENTIDO INTERSECTIVO DO TERMO)...

Ao chegar, ainda flutuando por causa da regurgitação soberana de todos os eventos de apreciação sobre a apreciação cinematográfica que experimentei nesta quinta-feira, não sabia que filme ver. Estava impaciente para transcrever em palavras um terço ao menos de toda a emoção vivaz que me tomava de assalto após um contato tão erudito com uma pessoa que parecia irreal de tão acabada que era em relação ao ideal romântico de qualquer ser cinélogo que se preze, mas, ao mesmo tempo, queria pôr em prática o que reaprendi hoje (pois amar o cinema é um reaprendizado diuturno) diante dalguma obra cinematográfica. Na azáfama, optei por um filme sobre a azáfama: “Vive le Tour!” (1962), bem-humorado curta-metragem do Louis Malle sobre uma famosa corrida francesa, que não apenas extenua seus competidores como estabelece e faz com que percebamos relações interativas que vão muito além da competição, desde ciclistas que compartilham um picolé enquanto pedalam até espectadores que empurram retardatários para motivá-los, contrariando os pedidos de vigias do trajeto. É um filme curto, com um tema aparentemente direcionado, mas que se estende e estende, saciando provisoriamente a necessidade premente de me perceber inserido no cinema e, ali, pouco me importar com taxonomias virulentas que invocam perspectivas reducionistas entre realidade e ficção, quando tudo se confunde, tudo se intersecciona. Assim sendo, acrescento: hoje eu dormirei me sentindo contente. Tanto quanto se tivesse ganhado (ou perdido) uma corrida...

 Wesley PC> 

Um comentário:

Jadson Teles disse...

eu quero ver!assim que eu tiver disposto!