quarta-feira, 25 de abril de 2012

“FOI BOM, MAS NÃO É AMOR!”

Assisti a dois filmes com ou sobre ciganos no dia de hoje. Não foi programado, simplesmente aconteceu. No primeiro filme, um andarilho apaixonado pela filha de um caipira o presenteia com ouro, mas ele rejeita, dizendo que não há riqueza no mundo que pague as lágrimas de sua filha. No segundo filme, o sobrinho deficiente de um cigano cujo irmão fora jurado de morte por uma família rival descobre o sexo ao lado de uma bela prostituta catalã. O título desta postagem condiz com a sua apreciação da primeira vez sexual. E, ao final, conclui-se que, para pessoas como eles, não há lugar, paisagens nem pátria...

Apesar de meu bizarro sedentarismo, me identifico com esse tipo de personagem. Talvez minha alma seja nômade, meu desejo viandante. Eu amo, eu aceito, eu cerceio, eu imponho a contradição e me vejo diante dela. Fiquei agoniado na tarde de hoje: sonhei que um rapaz com sífilis tem sua cabeça atropelada por um automóvel enquanto brigava com meu irmão. Atormentado por ter visto a sangrenta cena, decidi ajudar uma de minhas professoras de graduação a vender CDs alternativos em frente a seu apartamento. Numa torre bastante alta, o marido dela – que era, na verdade, alguém que eu anseio por ver nu – banhava-se. Na escuridão, eu subia as escadas circulares, guiado pelo anseio voyeurístico e pelos ruídos aquáticos que escorriam pelo chuveiro. Acordei assustado. Eu sou cigano!

Wesley PC>

2 comentários:

Jadson Teles disse...

Sou apaixonado pelo Vengo!
odeio pesadelos...
E te amo profundamente!
J.

Pseudokane3 disse...

E somos ciganos! Com tudo de ecoado que o teu comentário apresenta! (WPC>)