domingo, 29 de abril de 2012

E, NO SONHO, TROQUEI UMA BOA PROMESSA DE FODA PELO RECOLHIMENTO DOS LIVROS DE BIOLOGIA NUMA AULA ALHEIA DE ESPANHOL...

Na tarde de ontem, fui convidado por um casal de amigos para assistir a um filme pornográfico na casa deles. Eu escolheria o título. Optei por um filme da diretora sueca Erika Lust, famosa por sua suposta verve feminista. O filme tinha pouco mais de meia-hora, mas não calaram a boca durante a sessão. Além do casal, havia, na sala, a mãe da mulher, constantemente excitada e frustrada porque seu marido ficara impotente após a morte do irmão, a filha mais nova dela, e um garoto de um ano e meio de idade, que zanzava nu pelo chão, tocando no pênis, supostamente com vontade de mijar, mas cujo gesto foi entendido como um reconhecimento fílmico de que a pletora de seios que ele via na tela o estava deixando sexualmente interessado. Não concordei, obviamente, mas não me meti no debate: a família inteira era muito sexualizada e parecia lidar bem com isso. Quem seria eu para me meter?

Frustrado com o filme – mas não sei direito se com a sessão – voltei para casa, comi, vivi, dormi. Ao invés dos típicos e recorrentes sonhos eróticos envolvendo rapazes banhando-se diante de mim, hoje sonhei que estudava numa sala de aula onde uma professora de língua espanhola insistia em me expulsar. A turma anterior havia esquecido vários livros de biologia sobre as mesas e eu fiz questão de recolher todos. A professora insistia em me expulsar da sala. E eu acordei com um peso nos braços, um peso bom, peso gnosiológico.

 Na noite anterior, havia me deitado depois de rever (e, obviamente, me identificar com) “Clube dos Cinco” (1985), obra-prima do John Hughes, no mesmo dia em que meu orientador de Mestrado disse que, a fim de sobreviver na universidade, eu preciso “aprender a diferenciar filmes e realidade”. Enquanto tentava adormecer, enviava mensagens de celular a vários amigos, perguntando-lhes o que era a tal da realidade, enquanto redigia um estranho acróstico para o adjetivo infeliz, que terminava com uma onomatopéia soporífera: “Zzzzzzz”. E, na manhã de hoje, não senti vontade de ligar o meu telefone celular. A tarde adentrou o meu cotidiano dominical e eu continuo com o celular desligado. Vou almoçar agora: meu coração dói. Ainda está vivo, graças a Deus (literalmente)!

Wesley PC>

Um comentário:

Jadson Teles disse...

Experiência tenebrosa, eu heim! esse filme é nossa cara né!? xerinh afetado fique bem....