Na tarde de ontem, fui convidado por um casal de amigos para assistir a um filme pornográfico na casa deles. Eu escolheria o título. Optei por um filme da diretora sueca Erika Lust, famosa por sua suposta verve feminista. O filme tinha pouco mais de meia-hora, mas não calaram a boca durante a sessão. Além do casal, havia, na sala, a mãe da mulher, constantemente excitada e frustrada porque seu marido ficara impotente após a morte do irmão, a filha mais nova dela, e um garoto de um ano e meio de idade, que zanzava nu pelo chão, tocando no pênis, supostamente com vontade de mijar, mas cujo gesto foi entendido como um reconhecimento fílmico de que a pletora de seios que ele via na tela o estava deixando sexualmente interessado. Não concordei, obviamente, mas não me meti no debate: a família inteira era muito sexualizada e parecia lidar bem com isso. Quem seria eu para me meter?
Frustrado com o filme – mas não sei direito se com a sessão – voltei para casa, comi, vivi, dormi. Ao invés dos típicos e recorrentes sonhos eróticos envolvendo rapazes banhando-se diante de mim, hoje sonhei que estudava numa sala de aula onde uma professora de língua espanhola insistia em me expulsar. A turma anterior havia esquecido vários livros de biologia sobre as mesas e eu fiz questão de recolher todos. A professora insistia em me expulsar da sala. E eu acordei com um peso nos braços, um peso bom, peso gnosiológico.
Na noite anterior, havia me deitado depois de rever (e, obviamente, me identificar com) “Clube dos Cinco” (1985), obra-prima do John Hughes, no mesmo dia em que meu orientador de Mestrado disse que, a fim de sobreviver na universidade, eu preciso “aprender a diferenciar filmes e realidade”. Enquanto tentava adormecer, enviava mensagens de celular a vários amigos, perguntando-lhes o que era a tal da realidade, enquanto redigia um estranho acróstico para o adjetivo infeliz, que terminava com uma onomatopéia soporífera: “Zzzzzzz”. E, na manhã de hoje, não senti vontade de ligar o meu telefone celular. A tarde adentrou o meu cotidiano dominical e eu continuo com o celular desligado. Vou almoçar agora: meu coração dói. Ainda está vivo, graças a Deus (literalmente)!
Wesley PC>
domingo, 29 de abril de 2012
E, NO SONHO, TROQUEI UMA BOA PROMESSA DE FODA PELO RECOLHIMENTO DOS LIVROS DE BIOLOGIA NUMA AULA ALHEIA DE ESPANHOL...
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Experiência tenebrosa, eu heim! esse filme é nossa cara né!? xerinh afetado fique bem....
Postar um comentário