segunda-feira, 30 de abril de 2012

“DOIS OPERÁRIOS DECIDEM GASTAR SEUS SALÁRIOS, NUMA NOITE DE SÁBADO, COM DUAS PROSTITUTAS, MAS AS COISAS NÃO SAEM COMO PREVISTO”...



E quando é que sai? 

 Oficialmente, pretendo assistir a este filme na madrugada de hoje. Apesar de ter me divertido deveras com as incursões do diretor na pornochanchada (vide um exemplo pertinaz aqui) e ter estranhado, mas não desapreciado por completo, sua incursão dramática imediatamente anterior, intuo que este filme coroará com louvor o conturbado estágio erótico em que me encontro, um estágio em que as sensações correm em paralelo às indagações intelectivas e mnemônicas mais violentas: pela primeira vez em muito tempo, mesmo que me digam que talvez eu esteja agindo errado, não me sinto culpado. Pelo menos, enquanto ainda é mês de abril...

 A sinopse de “A Noite do Desejo” (1973, de Fauzi Mansur), resumida no título desta postagem, é comparada por alguns espectadores mais imediatistas, à trama de “Noite Vazia” (1964), obra-prima do melancólico Walter Hugo Khouri, o que nem de longe soa como demérito. Estou preparado para o que der e vier – mas, como certeza, as coisas não sairão como previsto...

 Enquanto escrevo estas linhas, indicadoras de um bloqueio criativo psicológico e justificado, preparo-me para caminhar em direção à minha casa. Não sei se vejo um filme contemporâneo do Domingos de Oliveira na TV, antes da sessão, ou se adianto as leituras exigidas para minha imersão temática (forçosa) no campo a Economia Política. É um falso problema: o que me dói (e redime) é justamente a identificação!

 Wesley PC>

2 comentários:

Jadson Teles disse...

o desejo é algo complicado!

Gomorra disse...

O Complicado é que é bom...

E este tal de Fauzi Mansur é mais um dos cineastas renegados que merecem muito de nosso entendimento... (WPC>)