quinta-feira, 22 de março de 2012

QUANDO MÚSICA SE CONFUNDE COM ESTADO DE ESPÍRITO...

Situações diversas dificultaram o meu acesso cibernético nos dois últimos dias. Não por coincidência, nestes mesmos dias, o disco que mais ouvi foi “Metals” (2011), lançamento mais recente da canadense Feist, que, apesar da conjunção melancólica com o ótimo álbum anterior, “The Reminder” (2007), é bem menos ‘pop’, bem mais sofrido, dilacerado. As faixas 02 (“Graveyard”) e 05 (“A Commotion”) são repetidas N e N vezes por mim nos últimos dias, em face da minha adesão comportamental ao cotidiano do Mestrado, à minha distância empregatícia do local de trabalho ao qual eu dediquei preciosos 10 anos de minha vida. Sinto que estou fazendo a coisa certa, que este novo percurso de vida é proveitoso, mas, como muito do que é bom, assusta e dói no começo. Estou me acostumando ainda...

“When a good man and a good woman
Can’t find the good in each other
Then a good man and a good woman
Will bring out the worst in the other
The bad in each other”


Por outro lado, alguns dos medos e dores são justificados e já estudados no que tange à readaptação comportamental. Não mais gastarei 8 horas por dia no trabalho, mas dedicarei 4 horas por dia à pesquisa ostensiva de meu trabalho sobre Economia Política da Cultura. Meus horários de sociabilização ficarão mais brancos por um lado, mas tão competitivos quanto antes, no sentido de que eu tenho que me ajustar aos horários de trabalho e estudo de outrem, que não raro estão ocupados quando eu pareço não está, o que engendra protótipos depressivos que, como me aconselhou o livro de uma famosa neuropsiquiatria, podem ser combativos com exercícios aeróbicos ou eletrochoque. Conclusão: estou carente, mas isso deve ser bom. É bom! Tão bom quanto o novo disco da Feist, o qual ouvirei novamente daqui a pouco...

Wesley PC>

Nenhum comentário: