sexta-feira, 2 de março de 2012

PRECISO DE UM CONVITE!

Recentemente, um amigo homossexual integralizou o seu Mestrado em Pedagogia, escolhendo Michel Foucault como substrato teórico para sua dissertação sobre o corpo e a homofobia. Não lembro o título correto de sua tese, mas, com vistas à comemoração de sua titulação como mestre, este amigo promoverá uma festa em seu apartamento no sábado vindouro. Por extensão, ele me convidou, acrescentando, via celular, que eu deveria levar alguma bebida, a fim de ser bem-recebido pelos demais presentes. Até aí, tudo bem. Mas, no que tange às minhas psicoses societais, de repente um convite que me parecia tão aprazível soou intimidador: apesar de estar precisando bastante de interação com pessoas menos conhecidas, não sei se terei coragem ou motivação para ir à tal festa, apesar de querer e suspeitar de que possa me divertir no recinto. Na pior das hipóteses, gosto do amigo recém-aprovado no tal Mestrado. Estar acompanhado por ele durante algumas horas festivas será algo tonificante para mim. Quem sabe?

Tudo isso passava por minha cabeça antes e depois da sessão de “Mafalda – O Filme” (1979, de Carlos D. Marquez), longa-metragem animado argentino protagonizado pela maravilhosa e inconformada personagem de Quino que, até então, eu não conhecia. Em verdade, o filme é bastante irregular e incoeso e muitas das situações são meras reproduções de tirinhas já conhecidas, mas, vindo de onde veio, isso rima com genialidade. Muito bom o filme: me fez pensar sobre o que eu quero da vida. As cenas envolvendo os estafados pais de Mafalda não deixam o mal-estar empregatício hodierno por menos!

Wesley PC>

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