sábado, 10 de março de 2012

O TÍTULO NACIONAL CORRETO DEVERIA SER “INICIANTES”!

“Há uma história de amor no filme. Por causa disso, talvez Wesley goste mais!”: assim julgou um grande amigo quando comentou algo sobre a artificialidade enredística do filme “Toda Forma de Amor” (2010, de Mike Mills). Apesar de ser uma trama autobiográfica experimentada pelo próprio diretor e roteirista, a artificialidade negativa do filme salta aos olhos. Porém, algo no fundo mereceu a minha atenção. Uma atenção dificultada pelo ritmo absolutamente enfadonho do filme, mas uma atenção sincera: o título original do filme é “Beginners” e, nesse sentido, faz menção às dificuldades iniciantes de todos os personagens no que tange ao amor. O pai do protagonista sempre fora homossexual, mas vivera mais de 40 anos com uma mulher, aparentemente feliz. Quando ela morre, ele se assume ‘gay’. Com mais de 70 anos de idade, adquire um câncer pulmonar estágio 4 (“não há um estágio 5, pai!”, grita o filho, numa dada seqüência xaroposa) e um namorado bem mais novo, que diz apreciar homens idosos para compensar o péssimo relacionamento que tinha com seu próprio pai. Quando o senhor morre, seu filho solitário fica desconsolado. Passa a viver com o cachorro dele, que é tão sensível que parece até falar. Até que se apaixona por uma garota um tanto depressiva. E o resto, para além de todo o enfado causado pela montagem coligada à cada vez mais contemporânea “estética do Alzheimer”, é um estória de amor. Por isso, eu quase gostei do filme. Quase. O título original, pelo menos, é muito autêntico!

Wesley PC>

Um comentário:

Jadson Teles disse...

eu também (ainda) gosto de histórias de amor.... e hoje vi ainda a pouco daquelas que ainda me fazem acreditar em contos de fadas, rsrsrs.

xerinho no coração. rsrsr

J