“Querida Wendy” (2005, de Thomas Vinterberg) começa devagar, chatinho, um pouco deslumbrado consigo mesmo. Aos poucos, porém, o dedo incisivo de Lars Von Trier no roteiro começa a se mostrar dominante em seu tom de fábula invertida e a ótima trilha sonora com músicas antigas do grupo The Zombies prova o que suspeitávamos: que o filme não apenas é muito bom como ele enfia o dedo na ferida armamentista norte-americana naquilo que ela tem de menos cicatrizável: o discurso pacifista que se serve do porte de armas para ser efetivo. E, por mais que a beleza estranha do Jamie Bell me conduzisse para um terreno fantasioso divergente da extrema violência que sutilmente contagia o filme, até mesmo isso tinha sentido. A maravilhosa cena em que a personagem de Alison Pill mostra os peitos para demonstrar que está crescendo sai em minha defesa. Preciso tomar banho!
Wesley PC>
DOIS É DEMAIS EM ORLANDO (2024, de Rodrigo Van Der Put)
Há uma semana
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