terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

“AMAR É... SER FIEL ATÉ O FIM!”

Muito do que eu teria a dizer sobre esta verdadeira epopéia erótica brasileira foi descrita com argúcia, genialidade e paixão neste artigo aqui, mas, ainda assim, sem medo de parecer pleonástico e emocionado, insisto em destacar o quanto a trama deste filme me encantou: logo no comecinho, a protagonista (maravilhosamente vivida pela bela Aldine Müller) é deflorada por um açougueiro, que paga o rompimento de seu hímen com um pedaço de carne. Ela torna-se uma prostituta triste, amargurada, conhecida por seus gemidos altissonantes, e desejosa de se casar de branco. Numa cena impressionantemente bela, ela se masturba de pé, usando um vestido de noiva, enquanto olha para o retrato na parede de um ator de telenovela por quem é obcecada. Depois, ela recebe um valor monetário mais alto para ser fodida analmente e, num cinema pornográfico, percebe que vários homens carecas viram as costas para a tela a fim de observarem-na enquanto batem punheta. Numa cerimônia de casamento, ela consente em fazer sexo com o pai da noiva, que aceita fingir que se casa com ela, desde que ela se eduque, torne-se culta, aprenda a diferenciar compositores de música clássica e desista de pendurar pôsteres de revistas adolescentes na parede. Ela muda de nome, torna-se mais refinada, persegue o ator por quem é obcecada, que costuma fazer sexo com homens mais velhos. Decidida a tornar-se uma especialista em adoção de fantasias eróticas, ela disfarça-se de homem e transa com um rapazola homossexual, que, depois, posa para ela sem roupa. Numa cena posterior, ela beija um retrato gigantesco de seu amado ídolo televisivo e exclama: “eu te amo tanto, meu Deus. Por que tem que ser assim?”. E, por incrível que pareça, ainda falta muito a ser narrado... Maravilhoso esse filme! Mais um pouco e eu caía no choro, de tanta identificação potencial. Uma verdadeira aula de erudição sexual brazuca. Jean Garrett, eu te amo!

Wesley PC>

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