domingo, 15 de janeiro de 2012

“CÔMICA OU TRÁGICA, A VIDA DEVE SER APROVEITADA, POIS ELA PODE ACABAR DE UM INSTANTE PARA O OUTRO. ASSIM!”

Numa festa chique, um pianista requisitado toca uma dada peça de Gustav Mahler. Uma estranha loira senta-se a seu lado e começa a tocar a mesma peça. Ele se levanta e vai beber algo, deparando-se com uma mulher bonita que lacrimeja num balcão:

“ – Teus olhos estão molhados. Tu estavas chorando?
- É que esta música me faz lembrar quando conheci alguém...
- Estas são lágrimas de alegria ou de tristeza?
- Ao final, todas as lágrimas não são as mesmas
?”


Eles se apaixonam, obviamente. Porém, à medida que o relacionamento entre eles avança, o pianista descobre que a estranha loira que tocou ao seu lado é a melhor amiga de sua namorada. Um dia, eles a encontram na rua, um tanto amargurada, e a convidam para sair. A namorada do pianista recebe um telefonema desolador e ele fica sozinho com a amiga loira dela:

“ – Quando tu sentaste ao meu lado e depositaste tanta beleza melancólica no modo como tocava as teclas do piano, eu fiquei emocionado. De repente, eu vi uma aliança de casamento em seu dedo e eu pensei comigo mesmo: ‘eis a história de minha vida!’
- Esta é a história de tua vida?
- Ao menos, os capítulos principais”...


Muita coisa acontece depois, muitos qüiproquós, muitos desencontros e trocas de casais. E, enquanto eu via este filme do Woody Allen, quem reproduzia ambos os diálogos numa conversa imaginária com alguém que não está aqui era eu mesmo. Lembrei dele: nunca esqueci! Serei convidado para o casamento algum dia...

Wesley PC>

2 comentários:

Anônimo disse...

Hahahaha. Hoje tirei o dia para ler teu blog. Entre uma planilha e outra, e alguns sustos por achar que meu chefe percebeu que eu estou lendo blogs ao invés de fingir que estou trabalhando – porque já acabei tudo – estou vendo seus comentários, reflexões e indicações, se assim me permitir dizer. Sabe que quando assisti a este filme senti a mesma coisa. Não pelo mesmo, mas por vários casos que tive e que já acabaram, e ai me deu aquela saudade. Pensei: e se tivesse sido diferente? Ou por que tinha que ser assim? Mas tinha que ser. Se não fosse, talvez o atual não pudesse ter tido a oportunidade de me mostrar o quão maravilhoso ele é. s

Gomorra disse...

Pois é, né?
Sempre que me vejo diante dalgum filme do Woody Allen, mesmo os menores, me vejo diante desse tipo de questionamento... Ai, ai...


Fiquei surpreso com MELINDA E MELINDA: não sabia que era tão, tão bom! (WPC>)